sábado, 7 de maio de 2011

VÃO LER S.F.F.


Se ainda andasse por aí, o Luiz Pacheco faria hoje 86 anos. A falta que ele nos faz.

A jornalista Miriam Assor, numa entrevista para o “Correio da Manhã” de 8 de Abril de 2007, perguntou-lhe por José Sócrates. O Pacheco, sem hesitar:

“NÃO CONHEÇO!”

No 2º volume dos “Cadernos de Lanzarote”, José Saramago escreveu:

“Por que bulas infernais não está este homem traduzido em Espanha e outras partes?” Na verdade, andam aí uns quantos espertos a fingir de literatos marginais e de escritores malditos que nem chegam aos calcanhares do Pacheco, e prosperam, e são aplaudidos – enquanto uma das mais fortes expressões que conheço de uma vida e uma obra “ao lado” permanece desconhecida fora das fronteiras.”

Luiz Pacheco morreu, no Montijo, a 5 de Janeiro de 2008.

Leonel Santos:

 “O Pacheco finou-se. Que vos hei-de dizer? Ora talvez que ele foi uma das duas pessoas que me ensinou a escrever. A outra foi a Arlete que era a minha professora do 5.º ano que nunca conseguiu ensinar-me gramática mas que me disse que era preciso olhar para as palavras e a forma como elas estavam dispostas na frase. Se não aprendi, a culpa não é deles, que foram os melhores professores que se pode ter.”

Legenda: capa do excelente catálogo da exposição sobre Luiz Pacheco: “1 Homem Dividido Vale por 2”  que esteve patente, na Biblioteca Nacional, de 26 de Novembro de 2009 a 27 de Fevereiro de 2010.

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