quarta-feira, 19 de junho de 2013

VOU-ME VER SEM DINHEIRO

Nesta data, no ano de 1959, vivendo em Faro, António Ramos Rosa escrevia a Jorge Sena que vivia exilado em Santa Bárbara, Califórnia.
Ramos Rosa dá conta das dificuldades que estava a atravessar e pedia ajuda  a Sena.
O curioso da história é que Sena vivia as mesmas dificuldades de Ramos Rosa, mais difíceis ainda dada a sua condição de exilado.
Mas o que transparece é uma sensação de solidariedade que os opositores à ditadura de Salazar mantiveram entre si ao longo desses trágicos tempos.
Os editores também viviam dificuldades, umas monetárias outras políticas, mas muitos deles não se portaram nada bem com os seus escritores, principalmente pagando tardiamente o dinheiro que lhes era devido, por vezes, nem tardiamente.
Estas relações difíceis e dramáticas entre editores e escritores, principalmente os que viviam exilados, irá, aos poucos, merecendo a devida atenção.
O livro da Correspondência entre Jorge de Sena e António Ramos Rosa, foi publicada no ano passado pelas Edições Guimarães.
A reprodução desta carta é retirada da edição  de 20 de Dezembro de 2012 do JL.

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