domingo, 31 de agosto de 2014

OLHAR AS CAPAS



Na Casa de Julho e Agosto

Maria Gabriela Llansol
Posfácio: João Barrento
Capa: Fernando Mateus
Relógio d’Água Editores, Lisboa, Setembro de 2003

Manuscrito após manuscrito, dia após dia, separações consecutivas do que amamos,
aproxima-se o inverno; não há nenhuma nostalgia com seu gelado paraíso, que não sobrevenha; Alisubbo, que já trocou o convento das madres pela sua horta, adoeceu no meio de seus frutos outonais. Eu sinto-me para além do frio mas percorrida por ele; devo deixar Antuérpia na próxima embarcação que sair do porto destinada à Mesopotâmia. O que vos contei sobre o Tigre e o Eufrates era sonho, que no sonho preparamos a vida, mas agora terei de sobreviver ao sonho e fazer surgir o rio real.

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