segunda-feira, 3 de agosto de 2015

OLHAR AS CAPAS


A Liberdade do Drible

Dinis Machado
Prefácio: Marta Navarro
Capa; Rui Rodrigues
Quetzal Editores, Lisboa, Junho de 2015

A grande euforia de qualquer arte espontânea (chamemos-lhe assim por razões de abertura), como o futebol, é que está a fazer-se no movimento, ainda não é sinfonia, o guache, o livre, o filme, a peça que se fez a seu tempo. É efémero como o bailado, decide-se no apuro e na linguagem do corpo, mas tem uma carga quase infinita de rumos imprevisíveis e ocasionais. A Margot Fonteyn, de um modo geral não falhava o movimento – mas o Eusébio, às vezes, a dois metros da rede, chutava sobre a barra. Impossivelmente. O futebol é impreciso e inesperado, cheio de mortalidade – embora já seja, hoje, também espectáculo de rever, cassete eterna, golo que nunca mais se apaga, de mostrar aos amigos e perdurar na memória. A televisão trata disso.

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