terça-feira, 22 de setembro de 2015

VITOR SILVA TAVARES (1937-2015)


Quando morreu o João César Monteiro, o Vitor disse que ficava um vazio.
Desse trio de génios da cultura portuguesa, João César Monteiro, Luiz Pacheco, Vitor Silva Tavares, nada resta.
Ficamos a saber que esse tal vazio ficou de uma enormidade assustadora.
Não mais haverá gente como esta.
Fartámo-nos de rir.
Naquela azáfama louca do 25 de 74, não comprei os últimos dois números, ou se os comprei, deixei-os abandonados no final de uma qualquer reunião, numa qualquer mesa de café.
O Vitor foi à estante e ainda encontrou o nº 25, por sinal o úktimo.
Fiquei de voltar com um bolo de laranja e uma garrafa de Favaios.
Não calhou e agora entristeço-me.
Era um brilhante contador de histórias, uma enciclopédia viva dos livros, do cinema, dos jornais que marcaram a cultura dos últimos 70 anos.
Sabia tudo e de tudo.
Olho o vazio e decido ficar por aqui.
Caio facilmente na banalidade e não quero.

Legenda: pormenor da 1ª página do Público de hoje.

Sem comentários: