segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

O CENTENÁRIO DE FRANK SINATRA


Tal como anunciado, saiu hoje o 1º volume da edição com que o Público assinala os 100 anos do nascimento de Francis Albert Sinatra.

A música balança nas gravações da Columbia (1943/1952), A Voz Columbia Enquanto Jovem.

Os textos de José Duarte e João Gobern têm aquele toque de quem sabe e gosta do que fala.

Se é dos que dizem que por isto, por aquilo, por aqueloutro não gosta de Frank Sinatra, apanhe esta oportunidade.


Há comboios que não se podem perder!

Sim, Frank andou com muitas más companhias, a Mafia prestou-lhe favores, pediu favores à Mafia para ajudar outros, John Kennedy incluído, outras coisas, mas: who cares?

As canções de Sinatra têm sempre qualquer coisa que nos leva a ouvi-las.

Até os silêncios, tal como escreve José Duarte.

Ou, como dos maus filmes, dizia João Bénard da Costa: têm sempre qualquer coisa que merece perder tempo com eles.


 As canções de Sinatra são, como se disse da Coca-Cola:

Primeiro estranha-se, depois entranha-se.


Soltas do que escreveu José Duarte:

… o maior – não gosto – o Melhor cantor porque a melhor voz e a genial combinação entra as duas..

Sinatra morreu com qualidades e defeitos tal qual eu e vossemecê.


Soltas do que escreveu João Gobern:

No epitáfio inscrito na sua pedra tumular, pode ler-se: “O melhor está para vir”.

Nos anos finais, Sinatra dedicou-se à pintura, escolhendo os palhaços como um dos seus temas favoritos. Perante esta fixação, Tina, a sua filha mais nova, não deixou de dizer o seguinte: “São auto-retratos. Porque o meu pai é um homem que nunca cresceu e que, sempre que pôde, fugiu às responsabilidades. Umas vezes com graça, outras nem por isso…

Os mistérios, esses, ele deixou para uma vida no olho do falcão. Foi como foi. E só nos resta imaginar o que os alinhamentos cósmicos teriam alterado se ele tivesse correspondido positivamente à proposta que lhe foi endereçada por um dos seus directores de orquestra – a de mudar o apelido artístico para Satin. Mas cetim, quando se pode ter seda? Poder, podia, mas não era… Não, que diabo! Não podia de todo. Em Sinatra não se mexe – toca-se, isso sim. E sempre que possível

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