segunda-feira, 13 de junho de 2016

EM FLAGRANTE DELITRO


Foi graças ao sobrinho de Ofélia, o poeta Carlos Queirós, amigo de Pessoa desde 1925, que este restabeleceu contacto com ela, nove anos depois de ter posto fim ao namoro. Num dia de Setembro de 1929, o poeta mais novo levou para casa, onde a tia vivia, uma fotografia que Pessoa lhe oferecera e que o retratava numa adega a beber aguardente. Ofélia, que achou a foto engraçada, disse que gostava de ter uma para si. Passados dias, recebeu um retrato idêntico, com a hoje célebre dedicatória «Fernando Pessoa, em flagrante delitro».

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