sábado, 22 de outubro de 2016

QUOTIDIANOS


O poeta nunca entra em casa pela porta. E nem sempre usa a janela. Por uma questão de princípio, o poeta entra em casa por um buraco no telhado ou deitando abaixo uma parede. E esta é – e não outra – a razão pela qual muitos poetas dormem na rua. Ou racham a cabeça vezes sem conta.

Rui Manuel Amaral


Legenda: fotografia de Christopher Mathias

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