segunda-feira, 20 de março de 2017

CHUCK BERRY (1926-2017)



Chuck Berry morreu aos 90 anos.
Não faz parte das minhas preferências musicais.
Sobre a morte do cantor, João Gobern assina hoje, no Diário de Notícias, um  interessante artigo:

Basta um quadrado de canções - "Maybellene", "Roll Over Beethoven", "Rock and Roll Music" e "Johnny B. Goode" - para se entender como ele faz parte história da idade Rock.

Para mim, o rock nasceu quando o meu pai levou para casa um 78 rotações por minuto do Rock Around the Clock tocado pelo Bill Halley e os seus Cometas.
Quando viu Sementes de Violência de Richard Brooks ficou encantado com o frenesim de Bill Halley – quem não ficava?! -, terá passado pela primeira discoteca que tinha à mão, ou ao pé, e não resistiu: levou o rock para casa.
Este é um pormenor de ordem pessoal mas, curiosamente, João Gobern também refere Bill Halley:

Berry "cresceu" musicalmente na melhor companhia: entre os seus parceiros de selo, contavam-se, além do próprio Waters, Howlin" Wolf, Willie Dixon, Buddy Guy, Bo Diddley (todos negros) e Carl Perkins, o criador de Blue Suede Shoes, branco, que se tornou grande amigo de Chuck.

De todos estes afro-americanos, foi Berry que conseguiu os maiores êxitos, capazes de ultrapassar as fronteiras raciais. E se a história do rock costuma consagrar Bill Haley (e Rock Around The Clock) como "primeira pedra" e Elvis Presley como a estrela que mudou o estilo para outra dimensão, não deixa de ser curioso que muitos dos futuros deuses deste Olimpo elétrico - os Beatles, os Rolling Stones, Eric Clapton e os Beach Boys, responsáveis por "descolorir" a canção Sweet Little Sixteen, de Berry, adocicando-a, escrevendo uma nova letra e rebatizando-a como Surfin" USA - escolham Chuck como o homem que efetivamente moldou e batizou o rock.



Sem comentários: