segunda-feira, 17 de abril de 2017

COISAS EXTINTAS OU EM VIAS DE...



Há um pequeno texto de Jorge Listopad, provavelmente publicado no JL, não encontro a data, muito bonito e em louvor das máquinas de escrever. Acredito que muito boa agente desconheça do que se trata:

Tinha um vizinho desconhecido. Mas ouvia-o a escrever à máquina às mais variadas horas nocturnas. Agora reina o silêncio. Pergunto: morreu? Foi raptado? Mudou-se? Comprou um computador?
Seja como for, celebro a memória daquela máquina de escrever, desconhecida.

Sabe-se que Fernando Assis Pacheco, uma das muitas suas imagens de marca, martelava o teclado da sua máquina de escrever HCESAR, apenas com o dedo indicador da mão direita e que se perguntava a Augusto Abelaira por que é que ele demorava tanto tempo a publicar um livro:

É que eu escrevo à mão e depois passo à máquina. Só que depois de uma primeira passagem à máquina vêm as modificações. Então é preciso passar tudo de novo à máquina.

Um dia hei-de falar da minha máquina de escrever, também uma HCESAR.

Está ali, naquele canto, a olhar…

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