segunda-feira, 8 de maio de 2017

GENEROSIDADE E AMOR


Na nossa demanda, o Jon tornou-se um fator de equilíbrio. Iríamos viajar juntos por territórios um bocado selvagens. Ele tornou-se meu amigo e aconselhou-me quando parecia que eu estava a cambalear demasiado perto do meu abismo favorito. Antes do Jon, não conhecia ninguém que tivesse passado sequer três minutos no consultório de um terapeuta. Cresci em redor de muitas pessoas bastante doentes, mas que mantinham isso oculto, suscetíveis a depressões graves e comportamentos imprevisíveis e perturbadores. Eu sabia que isso era uma peça bastante importante da minha própria sanidade mental. Em New Jersey, no meio em que eu vivia, a profissão de psiquiatra bem podia nem existir. Quando me senti no fundo do poço, o Jon encaminhou-me para quem me pudesse ajudar a recentrar-me e a alterar o curso da minha vida. Tenho uma enorme dívida ao meu amigo, por causa desta bondade, generosidade e amor. E ele também fez um trabalho muito bom no papel de agente. Continuamos por cá, após tantos anos. Sempre que eu e o Jon discutimos o caminho a seguir, ele orientou-se por duas coisas: o meu bem-estar e a ninha felicidade (e só depois vinham os proveitos financeiros da digressão!) essas duas primeira premissas eram as respostas que eu tanto procurava, nas já distantes névoas de Freehold. São respostas que vêm nas formas simples e extraordinariamente complicadas da amizade e da parentalidade. São as únicas respostas.

Bruce Springsteen em Born to Run

Legenda: Jon Landau e Bruce Springsteen

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