terça-feira, 19 de setembro de 2017

VELHOS RECORTES



O recorte com o título de uma entrevista de Francisco Vale ao Diário de Notícias não é tão velho quanto isso: é de 9 de Agosto.


Velho, nem sequer encontrei a data do jornal, é este recorte de um percurso que o quinzenário JL, um dia, fez de Francisco Vale.

A Relógio d’Água é uma das boas editoras portuguesas que não estão metidas nos grandes grupos editoriais.

Francisco Vale é um homem dos livros que sabe muito bem do que fala.

«A edição de livros é por natureza uma indústria artesanal, descentralizada, improvisada e pessoal; realizam-na melhor pequenos grupos de pessoas com ideias afins, consagrados à sua rate, ciosas da sua autonomia, sensíveis às necessidades dos escritores e aos diversos interesses dos leitores.»

Japson Epstein, co-fundador da The New York Review of Books, citado por Francisco Vale em Autores, Editores e Leitores.

Será polémica a opinião que tem sobre o escritor-pivot-televisivo, mas tem a sua boa dose de razão.

Guilherme de Azevedo, editor da Gradiva, não gostou da opinião e respondeu a Francisco Vale nas colunas do Diário de Notícias. Não mostrou unhas para tocar tal guitarra – há damas difíceis de defender… – e enredou-se em coisinhas marginais.

Francisco Vale respondeu-lhe mas teve o cuidado de avisar os leitores:

«Nota final: à medida que escrevi este texto, fui tendo a desagradável sensação de que não pode ser esclarecedora a discussão com alguém em tão avançado estado de megalomania como GV. Por isso não voltarei a responder-lhe, confiando na inteligência dos leitores.»

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