quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

OLHAR AS CAPAS


Gráfico de Vendas com Orquídea

Dinis Machado
Capa: João Botelho
Edições Cotovia, Lisboa, Outubro de 1999

O que representa o Cais do Sodré? Limite da cidade, rasgo de horizonte, caterva de batelões, negócio de peixe, pintura com água, um desejo de tocar Cacilhas com as pontas dos dedos e uma estação de comboios? E também a saudade de pedra de Pessoa como suporte de lonjura? Tudo se resolve, afina, em movimento de partir e de chegar, com a iconografia do verbo, da imaginação do verbo e do ranger das cordas molhadas do quotidiano. O Cais do Sodré inaugurou um destino de distâncias e uma forma de formigueiro humano, é página de abertura de roteiro atlântico e é uma fuga de trilhos.

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